A eleição presidencial dos Estados Unidos deste ano tem sete estados-chave para o resultado, por terem posicionamento do eleitorado considerado mais imprevisível. Por conta disso, nos últimos meses, esses territórios já concentraram as principais movimentações dos candidatos.
O cenário de momento aponta que a disputa deve ser acirrada até o fim. Segundo informações do jornal O Globo, o último conjunto de pesquisas do New York Times e do Siena College mostra a candidata democrata Kamala Harris ganhando força na Carolina do Norte e na Geórgia, dois territórios importantes entre os chamados “swing states“. Já o republicano Donald Trump mantém a liderança no Arizona, mas apresenta redução na vantagem na Pensilvânia, o estado com o maior número de delegados entre os estados-pêndulo. O estado tem 19 delegados.
A disputa nos estados-chave é considerada decisiva porque a maioria dos demais já têm historicamente uma predominância de um partido, mais inclinado a escolher democratas ou republicanos ao longo do tempo. Com isso, em uma eleição acirrada como foram as últimas, a decisão passa sobretudo pelos chamados estados-chave ou estados-pêndulo (os “swing states“, em inglês), que oscilam resultados favoráveis a democratas em alguns anos e a republicanos em outros.
No total, os sete estados-pêndulo mapeados neste ano somam 93 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. No modelo eleitoral, embora os eleitores definam qual deve ser a preferência do Estado, são os delegados de cada região que se reúnem para votar e eleger o novo presidente, conforme a deliberação dada pela população nas urnas na eleição, que ocorre nesta terça.
Para vencer, é preciso ter o voto de 270 delegados, que representa a maioria simples do total do Colégio Eleitoral. Atualmente, segundo as pesquisas citadas por reportagem do jornal O Globo, Kamala já teria o apoio de 226 e Trup, de 219.
Segundo as pesquisas mais recentes, Kamala aparece à frente em Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin, ao passo que Trump lidera no Arizona. Michigan, Geórgia e Pensilvânia teriam empate entre os dois candidatos, o que dá a esses territórios papel ainda mais decisivo na disputa acirrada de Kamala e Trump.
Em todos os sete estados-chave, no entanto, as vantagens dos candidatos estão dentro da margem de erro, o que quer dizer que qualquer um pode surpreender com vitória do candidato que aparece atrás no levantamento.
Os últimos levantamentos também indicaram que eleitores que estão deixando para decidir em cima da hora estariam mais inclinados a escolher a vice-presidente democrata. Ela teve 55% dos votos do grupo que afirmou ter tomado a decisão recentemente (8% do total do levantamento), enquanto Trump foi o escolhido por 44% deste público. Na última pesquisa, 11% dos eleitores ainda se diziam indecisos.
Por outro lado, Trump tem ganhado espaço na Pensilvânia, território que tem o maior número de delegados entre os estados-chave e onde Kamala tinha vantagem de quatro pontos nas pesquisas anteriores. Atualmente, a disputa está empatada no estado.
As pesquisas também apontam que a economia ainda é a pauta considerada mais importante pelo eleitorado, mas em estados como Wisconsin, a temática do aborto também foi apontada como estratégia por um número quase igual de entrevistados que citaram os fatores econômicos. No Arizona, onde Trump lidera, a imigração é citada como questão fundamental.
No total, 244 milhões de pessoas estão aptas a irem às urnas até esta terça-feira (5).
Kamala: 47% | Trump: 47%