Quinta, 10 de Outubro de 2024

Paraíba é a maior produtora de mangaba do Brasil e a 3º colocada na produção de castanha de caju

A Paraíba está bem à frente do segundo colocado, o Rio Grande do Norte (637 toneladas), seguido por Minas Gerais (357 toneladas), Sergipe (350 toneladas) e Bahia (196 toneladas).

27/09/2024 às 10h57
Por: Josinaldo Costa Fonte: Click PB
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Foto: Reprodução
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O estado da Paraíba é o maior produtor de mangaba do Brasil e o 3º colocado na produção de castanha de caju e de umbu. A produção paraibana de mangaba, realizada a partir do extrativismo vegetal, foi a maior do país em 2023, segundo a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada nesta quarta-feira (26), pelo IBGE. A extração vegetal refere-se à coleta de produtos da natureza, como frutos, madeira, fibras e sementes, sem a existência de plantio ou cultivo.

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Paraíba é a maior produtora de mangaba do Brasil e a 3º colocada na produção de castanha de caju
Paraíba é a maior produtora de mangaba e a 3º colocada na produção de castanha de caju

Em 2023, foram coletadas 955 toneladas de mangaba no estado, o maior quantitativo registrado na série histórica, iniciada em 1986. A Paraíba está bem à frente do segundo colocado, o Rio Grande do Norte (637 toneladas), seguido por Minas Gerais (357 toneladas), Sergipe (350 toneladas) e Bahia (196 toneladas). Em comparação com 2022, o estado apresentou um crescimento de 6,9%, enquanto nos últimos dez anos, a aumento da extração do fruto foi de 926,9%. A extração da fruta cresce de forma ininterrupta desde 2015.

O umbu também foi destaque, com extração de 2.143 toneladas do fruto em 2023, um aumento de 14,6% em relação a 2022, e de 2.612,7%, quando consideramos os últimos dez anos. Assim como a Mangaba, a quantidade extraída do umbu foi a maior desde o início da série histórica da pesquisa, tendo crescido pelo segundo ano consecutivo. A Paraíba ocupa a terceira posição nacional na extração do umbu, ficando somente atrás dos estados da Bahia (5.890 toneladas) e de Minas Gerais (5.503 toneladas).

Outro produto do extrativismo vegetal em que a Paraíba se destaca nacionalmente é a produção castanha de caju, em que o estado é o 3ª maior produtor do país (327 toneladas), ficando atrás dos estados da Bahia (608 toneladas) e Pernambuco (483 toneladas). Diferente da mangaba e do umbu, a Paraíba apresentou o terceiro ano consecutivo de decréscimo de produção em 2023, com variação de -16,6% em relação a 2022 (392 toneladas). Quando levamos em consideração os últimos dez anos, houve um aumento na produção de castanha de caju de 73,9%. Apesar disso, o ano de maior extração desse produto foi em 1988, com 677 toneladas.

Embora o estado apresente resultados positivos em alguns produtos, o valor total da produção na extração vegetal da Paraíba foi de R$ 28,1 milhões, o 8º menor entre todas as unidades da federação brasileiras e o 3º menor entre as do Nordeste.

Mangaba

A mangaba é o fruto da mangabeira (nome cientifico: Hancornia speciosa), árvore rústica que pode chegar a dez metros de altura e é típica do bioma Caatinga, mas também pode ser encontrada em fisionomias do Cerrado. Também bastante comum no litoral do Nordeste, a mangaba tem, nessa região, sofrido com o desmatamento da vegetação nativa para dar lugar a plantações de cana-de-açúcar e a empreendimentos imobiliários, correndo risco de desaparecer dessa faixa de terra.

Sua copa larga e arredondada forma boas áreas de sombra nos períodos em que floresce e frutifica. A espécie tolera a seca e se desenvolve bem em solos ácidos e pobres em nutrientes. A fruta é rica em vitamina C, mais do que outras frutas mais ácidas.

Possui teor de proteína que varia entre 1,3 e 3%. Sua polpa pode ser consumida madura in natura e é matéria-prima para produção de deliciosos produtos beneficiados como geleias, compotas, sorvetes, licores, vinho, entre outros. O tronco e as folhas da mangabeira ainda fornecem um látex conhecido como “leite da mangaba”. Tal leite tem propriedades medicinais, sendo utilizado no combate a tuberculose e para o tratamento de úlceras. Na segunda guerra mundial, seu látex era utilizado na fabricação de borracha. (https://www.cerratinga.org.br)

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